As colagens e pinturas de Sesper representam o grito sufocado de uma geração que cresceu andando de skate e ouvindo punk rock e hoje conta com inúmeras outras referências tanto no mundo da arte quanto da música.
Hoje em dia seu trabalho artístico não tem uma ligação intrínseca com o skate , mas o que o torna único é a energia que o faz criar com desprendimento ... espelindo seus sentimentos mais verdadeiros.
As imagens de Flavio Samelo que fazem parte desta exposição possuem um papel intransferível. Amigos de longa data , Samelo e Sesper andavam de Skate juntos e viviam a cena não como espectadores , mas como personagens de uma geração talentosa que surgia no Brasil. As imagens captadas por Flavio Samelo ordenam cidades acostumadas com seus vai-e-vem alucinados com o doce movimento de uma manobra perfeita.
Unir arquitetura com o instinto incontrolável de um skatista a frente de um obstáculo , este foi o desafio.
William Baglione
Alexandre Cruz "Sesper"
"Without control" refers to the chaos of large cities, where the money and accumulation of information gives us a false sense of freedom.
The collages and paintings represent Sesper's suffocated shout of a generation who grew up riding skateboards and listening to punk rock and today has countless other references both in the art world as the music.
Today, his artwork has no connection intrinsic with the skate, but what makes it unique is the energy that is created with detachment ... expeling their feelings more real.
The images of Flavio Samelo that are part of this exposure of a non role. Friends of long-time Samelo and Sesper going to Skate together and lived the scene not as spectators but as characters of a talented generation that came in Brazil. The images taken by Flavio Samelo are those of a familiar city accompanied by the sweet movement of a perfect trick. Joining architecture with an uncontrollable skater instinct in front of an obstacle, this was the challenge.
William Baglione
Flavio Samelo
ArtsProjekt
Andy Howell
Um comentário:
Tanto o trabalho de Sesper quanto o de Samelo possuem uma temática baseada nesse caos urbano,não no sentido de realizarem uma negação desse caos, mas sim no sentido de estruturarem seus trabalhos dentro dessa desordem, e não com um olhar panorâmico, de quem olha de fora. Esses “quadros” de Sesper, cujo trabalho conheço menos do que o de Samelo - do qual já tive a oportunidade de receber umas boas lições sobre fotografia, além de poder entrevista-lo na Choque Cultural – não têm como base páginas de jornal à toa. Afinal, na sociedade de hoje, o espaço público configurado (ou supostamente representado) pelos jornais, é um ambiente virtual totalmente confuso, sem sentido, caótico, onde os fatos não se ligam, não havendo, portanto, coerência no que se pode chamar de “ realidade”. Os jornais se dizem donos da verdade da realidade, o que, na verdade é um grande equivoco: a realidade é subjetiva. Resta, então, ao artista, dar um novo sentido a essa realidade.
Parabéns aos artistas e a este blog!
Abc!
Bruno de pierro
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